Gabriela Marino Silva

Título: Igualdade de gênero e ciência (E o que a matemática e a estatística têm a ver com isso)

Resumo: No Brasil, a pesquisa é realizada principalmente nas universidades públicas, e as mulheres são
maioria entre estudantes e professores universitários. No entanto, de acordo com os dados do
CNPq, se elas passam de 60% nas Ciências da Vida, são apenas 35% nas Ciências Exatas e da
Terra e nas Engenharias. As mulheres não avançaram igualmente em todas as áreas e nem como
grupo: as mulheres negras são aproximadamente 32% das bolsistas de iniciação científica, e
apenas 25% e 21% no mestrado e doutorado, respectivamente. Indígenas, homens e mulheres,
não chegam a 0,5% do total de bolsistas do CNPq, e os autodeclarados amarelos contam com
2% das bolsas. Por fim, segundo relatório do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, as
engenharias e as ciências exatas e da terra estão entre as áreas que apresentam as maiores
médias salariais para mestres e doutores, mas também as maiores diferenças entre os salários
dos homens e das mulheres. Olhando para esse cenário, podemos nos questionar: o que faz com
que determinada área do conhecimento atraia mais ou menos as mulheres? E quais são as
implicações das diferenças observadas para construirmos uma sociedade mais igualitária?